25 abril, 2011

O que é podologia?


O termo Podologia origina-se do grego arcaico tendo por prefixo Podos = Pé, Pés e sufixo Logos = tratado, estudo, conhecimento. Formando então Podologia: nome da ciência que trata do estudo dos pés. Podologista/podiatra - termo obviamente com as mesmas origens que designa a pessoa que aplica terapia nos pés, com estudo superior ou técnico - científico adequado em Podologia, aprofundado da anatomia, fisiologia, podopatias e conhecimento biomecânico dos pés.

No decreto de Lei de 1957, com esse regimento a profissão passou a ser regulamentasa e considerada como Atividade afins da medicina. Em 1968, o então Serviço Nacional Fiscalizaçãp de Medicina e Fármacia orgão normativo e fiscalizador a nível federal da área da saúde baixou na Portaria nº 16 de 1968, regulametando a profissão de Pedicure (podólogo).

A Podologia, como ciência, ainda é nova, com isso existem muitos tabus, mitos e desinformações são comuns em relação a esta área. Dia á dia podologos em todo pais se deparam com pacientes apresentando problemas graves nos pés de seus pacientes, causados por descuido ou desconhecimento em relação aos cuidados que se deve ter com seus pés.

Dentro da área de saúde, assim como os médico e dentistas, os podólogos são obrigados a ter o Termo de Responsabilidade.

Podologia é um ramo auxiliar da área da saúde cuja atuação concentra-se na anatomia e fisiologia dos pés. Desenvolve conhecimento biomecânico do tornozelo e dos pés, a fim de compreender a marcha e os problemas que a dificultam, podendo desta forma, implementar tratamento prescrito por profissionais da área médica.

Os podólogos assinam o termo pelo qual nos responsabilizamos pelos serviços prestados em suas cabines. O profissional de qualquer área mais bem sucedido, não são apenas pelo que sabem, mas por sua necessidade insaciável de buscar mais e mais conhecimento.

“A CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO NA ÁREA DE PODOLOGIA, RESIDE NUM ÚNICO FATOR: AMAR A PODOLOGIA.”

 
 
Referências
1- www.podologiabr.com.br
2- www.wikipedia.org

24 abril, 2011

SAÚDE DOS PÉS


Pés saudáveis

Não se culpe se você nunca cuidou dos seus pés com o carinho que eles merecem. Afinal, ficam "guardados" o ano inteiro e parecem aceitar bem todo o tipo de desafio: saltos altíssimos, bicos finos, longas caminhadas, horas em pé...

Mas não se iluda: depois de algum tempo, aparecem os calos, calosidades, a pele resseca, aparecem rachaduras, unha encrava, o joanete se acentua. E, para piorar, tudo dói.

Veja como manter a saúde dos pés e andar sempre nas nuvens.


Reflexoterapia

Os pés são uma das partes do corpo que mais acumulam tensão, e não é para menos; eles passam o dia inteiro carregando todo o peso do corpo.

Para a medicina oriental, o pé é a área de terminação dos feixes de energia que passam por todos os órgãos do corpo. Por isso, recorra à Reflexologia podal. O efeito, além de relaxante e anti-estresse, equilibra todo o corpo.

Especialistas em reflexoterapia (massagem estimulante nos terminais meridianos dos pés), fala que um simples escalda-pés (não indicado para diabéticos) é capaz de milagres, pois o calor da água puxa a circulação para os pés, o que ajuda a esfriar a cabeça.



Quer relaxar?

Massageie toda a planta do pé, com pressão leve, com os dois polegares, dê pancadinhas sob o calcanhar, gire o pé para um lado e para o outro, separe e puxe cada dedo. Se, durante a massagem, você descobrir pontos mais doloridos, preste atenção. Pode ser um sinal de que algo não vai bem com alguma parte do seu corpo; é bom procurar um reflexoterapeuta, para reequilibrar a energia de cada órgão é só pressionar continuamente os pontos doloridos, mas sem passar de 2 minutos.

Sem tempo para isso? Então pegue uma bolinha de tênis e gire-a sob cada pé enquanto assiste à televisão, fala ao telefone.



Cuidados com os pés

Na hora de colocar aquele calçado maravilhoso, os pés têm de estar perfeitos. Alguns cuidados são recomendados:

Pés úmidos - Estão mais sujeitos ao ataque de fungos, causadores de dermatites (frieiras), micoses e de odor fétido o “chulé”. Dê um chute na preguiça: seque bem os pés, aplique um talco( de preferência um antisséptico) e evite andar descalço em lugares públicos, para não correr riscos.

Pele seca - Pede uma hidratação reforçada. Uma vez por semana, após lavar e secar bem os pés aplique um esfoliante, para remover as células mortas. Depois passe um hidratante, de preferência à base de uréia e óleo de gergelim. Para aumentar a absorção do creme, envolva os pés com uma toalha quente ou papel filme e deixe agir por 15 minutos. Mas se sua pele está tão ressecada que chegou a rachar, é hora de visitar um podólogo. Não custa lembrar: sapatos de salto alto e bico fino prejudicam a postura, provocam calos e calosidades, acentuam os joanetes e devem ser evitados.
Siga as dicas dos podoterapeutas: “Prefira saltos de dois ou três centímetros, sapatos leves e macios e com solado flexível. Use meias de algodão e, ao chegar em casa, descanse os pés. Coloque-os em uma bacia de água quente por 5 minutos. Passe-os para outra de água fria, por 30 segundos. Repita a imersão três vezes.

Calos - São uma resposta do organismo às agressões. O ideal é mudar para calçados adequados a seus pés. Caso não dê, apele para os protetores de silicone, à venda em algumas drogarias e clinicas de podologia. Se o caso é grave, procure um podólogo formado.

Sapatos apertados - Também provocam o encravamento das unhas. Evite deixá-las compridas e arredondas nas laterais, siga a anatomia dos dedos. E nunca retire as cutículas dos pés e das mãos, elas protegem contra a entrada de fungos e bactérias que dão origem a doenças por todo o organismo. Em todo mundo, exceto no Brasil, o profissional que as retire está sujeito até a prisão por crime contra a saúde. O truque, quanto à estética, é empurrá-las, retirar a pele morta, lixar e hidratar.

Joanetes - São um caso para seu ortopedista resolver. Só ele pode determinar as causas do problema e indicar o tratamento adequado.

Micose - Cuide-se, porque o tratamento costuma ser demorado (de seis meses há dois anos, caso o paciente siga o tratamento corretamente). Normalmente são provocadas por fungos, são chamadas de Tineas Pedis, porém mais conhecidas como Pé-de-atleta, (a frieira). Os sintomas mais comuns são: coceiras, unhas esbranquiçadas, deformidades da unha, o descolamento das unha do seu leito (onicólise), e descamação na planta dos pés. Se não chegou ainda a esse ponto, não facilite: enxugue bem os pés depois do banho. Um truque é aproveitar o secador de cabelos para eliminar toda a umidade entre os dedos.

Unha encravada – A onicocriptose (nome científico que se dá à unha encravada) significa "unha em cripta" e caracteriza-se pela incrustação de uma espícula (pedaço de unha) na epiderme ou tecidos macios do dedo (pregas ungueais, leito ungueal, sulco ungueal) ou na extremidade distal do artelho (polpa digital), causando uma solução de continuidade sob estímulos de uma pressão contínua. Não mexa até procurar um podólogo. A prevensão é feita através do corte da unha de forma correta, com uso de instrumental cirúrgico e produtos antiinflamatórios, quando necessário, a unha pode voltar ao normal em cerca de seis meses. O use de uma órtese ou do "Clip System", sistema de tração com Fibra de Memória Molecular, são meios que usado na podologia para a correção ou diminuição das dolororas unhas encravadas.

Rachaduras - Além de serem sinal de desleixo, podem virar porta de entrada para fungos e bactérias. O quadro pode ser revertido com hidratação intensa. Uma forma de hidratação que pode ser feita em casa é o uso de hidratantes específicos para a região dos pés ou vasilina que deve ser usado antes de dormir com o auxilio de uma meia por 5 minutos.

Descamação - Se ocorre no meio da planta dos pés, provavelmente a pele pode estar contaminada por fungos. No caso, procure um dermatologista. Mas se a pele estiver descamando no local onde há atrito com o sapato, a solução é usar um modelo de calçado mais adequado, lixar ou esfoliar levemente os pés e não relaxar na hidratação, que acaba com o ressecamento.

Bromidrose (chulé) - Fique tranqüilo, diferente do que todo mundo pensa, aquele cheiro insuportável não tem origem nos seus pés, mas é fruto de um descuido na higiene de pés e calçados. O odor é provocado pela decomposição de peles mortas, originadas do exercício mecânico do caminhar. Para evitar e tratar é só utilizar meias de algodão, palmilhas protetoras para calçado e alternar os sapatos a cada uso.



Pés diabéticos

O pé de um diabético pode estar mais sujeito a ser vítima principalmente de três processos patológicos básicos: isquemia, neuropatia e infecção. Todo diabético tem seu pé diabético, mas nem todo pé de diabético é ou está “pé diabético”, por isso cuide bem de seu pé.

Sabendo-se que problemas com os pés são muito freqüentes e geralmente graves nos diabéticos, é importante que se tomem alguns cuidados para evitar complicações como os sugeridos em unidades de atendimento hospitalar ao pé diabético:

- manter as glicemias e a pressão arterial sob controle para evitar os danos neurológicos e vasculares;

- lavar os pés diariamente e secar com cuidado, especialmente entre os dedos, com toalha macia e absorvente. Testar a água com a mão ou cotovelos antes do banho, pois os pés podem não sentir apropriadamente – e evitar extremos de temperatura;

- inspecionar ao redor e entre os dedos diariamente e observar qualquer alteração (como bolhas, cortes, rachaduras, etc.), lembrando ser comum em diabéticos lesões graves nos pés não serem percebidas por causa da redução ou ausência de sensibilidade. Usar um espelho para auxiliar na inspeção da sola dos pés e pedir a um membro da família para inspecionar, especialmente se tiver a visão prejudicada;

- ao cortar as unhas, não arredondar os cantos, cortá-las completamente retas. Isto evita a paraníquia (unha encravada) que pode ser extremamente grave no diabético;

- nunca cortar e usar agentes químicos para remover calos. Lesões podem se desenvolver em função disto;

- usar meias apropriadas, sem emendas ou mesmo costuras. Qualquer irregularidade pode causar lesões;

- se os pés estão frios à noite, usar meias. Não usar bolsas de água quente ou almofadas térmicas;

- evitar caminhar descalço, especialmente em pisos irregulares, escorregadios ou sujos e nos aquecidos como areia, asfalto ou próximo a piscinas;

- inspecionar os calçados internamente todos os dias e evitar usá-los sem meias;

- os calçados devem ser confortáveis na hora da compra, não esperar que eles se adaptem com o uso. Não usar calçados novos mais do que uma ou poucas horas na primeira vez. Lesões desenvolvem-se rapidamente. Dar preferência a calçados de couro, tela ou tecido, que permitem aos pés “respirar”;

- não fumar, o cigarro prejudica ainda mais a circulação sangüínea periférica;

- praticar atividades físicas orientadas, especialmente porque favorecem a melhora na circulação sangüínea periférica, estimulam a sensorialidade e, principalmente, porque exercícios de membros inferiores favorecem o bombeamento de retorno venoso sangüíneo. Evitar exercícios de impacto dos pés, como saltos, chutes etc.

Práticas como a massagem também podem ser úteis com o intuito de estimular a circulação periférica e mesmo estimular a sensibilização e conscientização pelo toque dos pés.

O diagnóstico de pé diabético depende muito de um exame clínico adequado, ou seja, uma boa anamnese e um bom exame físico. Portanto, se faz necessário entender, pesquisar e interpretar todos os sintomas e sinais apresentados pelo paciente. A avaliação clínica do pé deve ser feita em todas as consultas, ou pelo menos uma vez ao ano, e em alguns pacientes pode necessitar uma maior investigação. Nos casos duvidosos utilizam-se testes e exames auxiliares para aumentar a capacidade diagnóstica como o Monofilamento Semmes-Wensteins.

Dados epidemiológicos apontam que o pé diabético é responsável por 50% a 70% das amputações não traumáticas de membros inferiores e é 15 vezes mais freqüente entre diabéticos, além de concorrer com 50% das internações hospitalares. A ocorrência de uma amputação a cada 30 segundos em conseqüência do diabetes.





Alguns cuidados são muito importantes para a saúde dos seus pés


Alguns cuidados são muito importantes para a saúde dos seus pés. Siga atentamente nossas dicas e caso tenha alguma dúvida, sinta-se a vontade para entrar em contato conosco. Teremos o maior prazer em atendê-lo.

Dia-a-dia

- Faça uma limpeza básica em seus pés diariamente.

- Ao lavar os pés com água e sabão, não se esqueça de secá-lo bem, inclusive entre os dedos, evitando assim, o aparecimento de fungos, frieiras, micoses e “chulé”.

- Corte as unhas sempre no sentido reto, não arredonde os cantos para evitar unhas encravadas.

- O uso de talco é importante para mantê-lo seco, porém, não abuse da quantidade, pois ele poderá causar o ressecamento dos pés.

- Utilize calçados confortáveis, de preferência de bico arredondado, e os adapte com uma palmilha para conforto, evitando assim o atrito e prevenindo o aparecimento de calos, bolhas e joanetes.

- Vá ao menos uma vez por mês ao seu podólogo de confiança. Só ele poderá manter suas unhas cortadas de forma correta, livres de calos, limpos e com boa aparência, trazendo mais conforto e sensação de frescor para você.

- Como já é de conhecimento de todos, fungos adoram calor e umidade, sendo assim, calçados são o ambiente perfeito para eles. Mantenha-os limpos e secos. Para isso conte com o auxílio de spray e talcos específicos e também, alterne a cada dia, o calçado utilizado.



Os pés no inverno

No verão todos se preocupam com os pés. A razão mais forte para que isso aconteça é uma maior exposição, dias de sol céu azul pedem roupas e sapatos arejados. A aparência saudável e bonita acaba sendo uma exigência, pois ninguém quer colocar uma sandália mostrando pés maltratados, ressecados e sem cuidado.

O que fazer no inverno? Já que não estarão tão expostos, já que a elegância dos dias de inverno inclui sapatos e botas fechadas, salto alto, bico fino. Não esqueça que o uso constante pode provocar o aparecimento de unhas encravadas e joanetes. O que vale ressaltar é que não são seus pés que devem se adequar aos calçados e sim os calçados aos seus pés. O popular chulé (bromidrose) ocorre pela transpiração e falta de ventilação. Na higiene dos pés é importante lembrar que quando lavados os dedos devem ser muito bem secos, a troca de meias deve ser diária. Um sapato fechado num pé que transpira muito é uma porta aberta para a aparição de micoses e proliferação de fungos comuns também nessa época do ano.

Os diabéticos devem ter um cuidado especial. É preciso verificar a coloração da pele do pé e a sua temperatura, ao menor sinal de mudança é recomendável procurar um médico. As seqüelas na circulação periférica pode ser dolorosa, mas a neuropatia diabética que causa insensibilidade pode progredir de forma silenciosa, por isso é necessária uma rigorosa observação.

O importante é lembrarmos dos nossos pés não só quando os sintomas já nos incomodam muito, mas manter a assepsia constante e ter a consciência de que nossos pés devem ser tratados com tanto carinho quanto nosso corpo. Hidratar os pés, massagear, higienizar é função obrigatória de todos nós existem muitos produtos no mercado que tem preços acessíveis e que trazem um bem estar constante. Não se esqueça



Por que cuidar dos pés?


Os pés são à parte do nosso corpo que sustentam nosso peso e que sofrem atrito durante todo o caminhar. Pés e unhas mal cuidados trazem desconforto e podem afetar inclusive o nosso humor.

Além disso, algumas patologias como as fissuras (rachaduras no calcanhar e entre os dedos) são porta de entrada para bactérias que causam infecções como, por exemplo, a erisipela.

Pessoas diabéticas devem ter atenção especial com os pés, já que possuem menor sensibilidade, e muitas vezes não percebem quando há um ferimento, que neste caso, tem a cicatrização mais lenta e dificultada por causa da doença.

Por isso, manter os pés saudáveis causam bem-estar e conforto para todo o nosso corpo.

Por que é importante para um diabético consultar um podólogo?

A diabetes é uma doença relacionada à má circulação sanguínea, além de causar outros problemas à saúde dos pés. É uma patologia que compromete as extremidades; por isso os pés tem de ser bem tratados para que se evitem problemas posteriores mais graves, como necrose ou amputação.

É necessário que o portador de diabetes frequente o podólogo periodicamente e tenha os cuidados necessários com os pés, inclusive utilizando calçados especiais, evitando atividades que podem lesar seus pés, não andando descalço, mantendo os pés secos, limpos e usando loções hidratantes e não fumar. Também é importante não carregar objetos muito pesados.





Referências

- Texto extraído do livro: “Diabetes mellitus: saúde, educação, atividades físicas”, de Jane Dullius, Editora Universidade de Brasília, 2007, capítulo 28, págs.: 335, 338, 340 e 341.)

- http://www.spadope.com.br/saude.php

- http://www.mulhercriativa.com.br/dicas/dicas-de-beleza/alguns-cuidados-sao-muito-importantes-para-a-saude-dos-seus-pes



02 março, 2011

Conto um conto, declamo poesia em uma canção


O Jaguadarte


(Lewis Carroll)

Era briluz.

As lesmolisas touvas roldavam e reviam nos gramilvos.

Estavam mimsicais as pintalouvas,

E os momirratos davam grilvos.

"Foge do Jaguadarte, o que não morre!

Garra que agarra, bocarra que urra!

Foge da ave Fefel, meu filho, e corre

Do frumioso Babassura!"

Ele arrancou sua espada vorpal e foi atras do inimigo do Homundo.

Na árvore Tamtam ele afinal

Parou, um dia, sonilundo.

E enquanto estava em sussustada sesta,

Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,

Sorrelfiflando atraves da floresta,

E borbulia um riso louco!

Um dois! Um, dois! Sua espada mavorta

Vai-vem, vem-vai, para tras, para diante!

Cabeca fere, corta e, fera morta,

Ei-lo que volta galunfante.

"Pois entao tu mataste o Jaguadarte!

Vem aos meus braços, homenino meu!

Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!"

Ele se ria jubileu. Era briluz.

As lesmolisas touvas

Roldavam e relviam nos gramilvos.

Estavam mimsicais as pintalouvas,

E os momirratos davam grilvos.

(Tradução do "Jabberwacky" por Augusto de Campos)




Original em inglês:



Jabberwockky

(by Lewis Carroll)

'Twas brillig and the slithy toves

Did gyre and gimble in the wabe.

All mimsy were the borogroves

And the mome raths outgrabe.

"Beware the Jabberwock my son!

The jaws that bite, the claws that catch!

Beware the Jubjub bird

And shun the frumious Bandersnatch!"



He took his vorpal sword in hand

Long time the manxome foe he sought

So rested he by the Tumtum tree,

And stood awhile in thought.



And, as in uffish thought he stood,

The Jabberwock, with eyes of flame,

Came whiffling through the tulgey wood,

And burbled as it came!



One, two! One, two! And through and through

The vorpal blade went snicker snack!

He left it dead, and with its head

He went galumphing back.



And hast thou slain the Jabberwock?

Come to my arms my beamish boy!

O frabjous day! Callooh! Callay!

He chortled in his joy.



'Twas brillig, and the slithy toves

Did gyre and gimble in the wabe.

All mimsy were the borogroves,

And the mome raths outgrabe.
 
http://www.insite.com.br/rodrigo/misc/fun/jaguadarte.html

11 janeiro, 2011

Conte um conto, um mito, uma fábula, um conto de fadas...


A Sociedade do Sossego

(Fábula- África)



Numa longínqua floresta vivia a raposa, o leão, a hiena, a pantera, o lobo e a serpente. Um dia resolveram fundar a Sociedade do Sossego, cujo o objetivo era manter a paz entre a bicharada. Quando todos pareciam concordar com aquela que parecia ser uma ótima idéia, a raposa levantou a dúvida:

- Isso dará certo? Somos diferentes em tudo. A idéia é boa, mas chegará o dia em uma pequena discordância porá tudo a perder. Vamos deixar as coisas como estão. A gente se encontra sem compromisso, bate um papinho e depois vai cada um para o seu canto.

O leão, mentor da idéia, não tardou a demonstrar sua autoridade e falou:

- Se você não quer participar da nossa confraria vá embora, porque aqui só ficam os membros desta sociedade

A raposa não se fez de rogada e partiu, enquanto o leão continuava a falar com os membros:

- A raposa esta equivocada, a nossa sociedade vai durar para sempre. Vamos estipular as regras, cada um declara qual é a coisa que mais lhe irrita e iremos respeitar estes limites. Eu, Poe exemplo, não gosto de ser acordado de supetão.

- Se tem uma coisa que me deixa louca é ser assustada, disse a pantera.

- Sabem o que me irrita? Continuou o lobo, é gritarem: olhe os cachorros!

- Bom, eu perco o juízo ao ouvir falar de caçadores e suas espingardas, acrescentou a hiena.

Por fim foi à vez da serpente se manifestar:

- Comigo não tem erro, basta que não me toquem. Colocou a mão, já sabem, é mordida certa.

Se é assim, disse o leão, vamos todos viver em harmonia e nesse momento eu declaro fundada a Sociedade do Sossego.

E a tal sociedade sobreviveu por um certo tempo, em paz e harmonia, parece até que a bicharada esqueceu os instintos de sua própria natureza, até o dia que teve o seu fim, de forma brusca e inesperada. Tudo aconteceu mais ou menos assim:

O leão estava tirando uma soneca às margens do rio, enquanto a serpente se espreguiçava ao sol e a pantera sonhava com tenros carneirinhos. Ninguém sabe o porquê, mas o lobo e a hiena começaram a discutir, cada um com as suas razões, quando a hiena irritada gritou:

- Lá vem os cachorros. E o lobo ao ouvir aquilo respondeu:

- Caçadores, caçadores com espingardas, é o que vejo adiante.

Pronto! Estava armada a confusão. Os dois se pegaram, rolaram pelo chão e após alguns minutos o lobo caiu morto e a hiena cambaleando chocou-se contra a pantera que, assustada, esganou a intrometida. Ainda tonta com o susto a pantera desequilibrou-se e caiu sobre o leão. Ele acordou de repente e sem pensar deu uma patada na pantera que arrancou a sua cabeça. Sem perceber o leão pisou na cabeça da serpente que, antes de morrer esmagada. Conseguiu dar uma picada na pata do leão, que tombou no mesmo instante.

De longe a raposa, que a tudo assistiu, comentou:

- Mais dia menos dia isto ia acontecer, eis o triste fim da Sociedade do Sossego.



(texto extrai do livro “Conta e Encantar”, autora Cléo Busatto, editora Vozes)

28 novembro, 2010

Celebração


Neste meu aniversário, recebi muitos, parabéns, felicitações, bençãos, presentes, carinhos, beijos, abraços e surpresas.
Tive bençãos com cor, cheiro, gosto...
Fui presenteada e abençoada por algumas cores
... pela cor rosa, rosa de amor, o amor espirutual, amizade, intímidade, carinho, feminilidade... rosa de sáude, sensualidade, romantismo, beleza. Uma cor que afasta energias negativas, que tras harmonia, uma energia de fraternidade de elevação.
... pela cor roxo que significa prosperidade, nobreza e respeito, o roxo da alquimia, da magia, da Senhora da sabedoria, da ancestralidade, cor da anciã, uma cor que simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação. Uma cor que banhada com o branco que traz pureza, sinceridade e verdade; repele energias negativas e eleva as vibrações; equilibra a aura facilitando o contato com os guias espirituais e com os ancestrais se torna Lilás significa espiritualidade e intuição, o contato com o divino, com a espiritualidade, nos tranquiliza e equilibra, nos faz relaxar, favorece o encontro de novos caminhos.
... pela cor verde vem o vigor, juventude, frescor, esperança e calma. É a cor mais harmoniosa e calmante de todas. Representa as energias da natureza, esperança, perseverança, segurança e satisfação; fertilidade. Facilita a comunicação com as plantas e os devas da natureza. Simboliza: vida nova, energia, fertilidade, crescimento e saúde.
... pela cor dourada traz ouro e à riqueza, a algo majestoso. Desperta novas esperanças no caso de resignação de doentes que desistiram da cura. Dá vivacidade, alegria, desprendimento, leveza. Produz desinibição, brilho, espirituosidade e espiritualidade. Atrai pessoas alegres para a sua vida, rejuvenesce e traz charme; constrói confiança, dá poder de persuasão, energia e inteligência. Traz luz para a solução de problemas, ajuda a reter conhecimentos e desenvolver a sabedoria.
...pela cor vermelha que significa elegância, requinte e liderança é a cor da paixão e do sentimento. Simboliza o amor, o desejo, mas também simboliza o orgulho, a violência, a agressividade ou o poder. é a cor mais quente, ativa e estimulante. Fortalece o corpo e dá mais energia física, impulso sexual (vermelho cereja), força de vontade, conquista, liderança e senso de auto-estima, cor de aproximação e encontro.

Fui presenteada com sabores...
O chocolate é considerado um substituto à linguagem no relacionamento humano, estabelecendo relação de comunicação de laços de amizade, solidariedade e amor. O chocolate dá prazer, é estimulante. O cacau era considerado pela civilização maia uma fruta dada diretamente pelos deuses aos homens.
A manga, um fruto carnudo, suculento, amarelo e doce. Rica em vitaminas, proteínas e minerais, fruto de arvore frontosa e com uma diversidade saborosa. tem um gosto especial de infância, me tras lembranças muito, muito gostosas.

Fui presenteada com cheiros...
Com cheiro de sonho, doce e flora, cheiro de adolecencia, suave, marcante e azul como o céu. Cheiro com nuances frescas alavandadas, enriquecidas pelas notas florais de gerânio e rosa que conferem caráter romântico e delicado; o amadeiradas de sândalo e vetiver trazem maior riqueza e personalidade e o musk e baunilha, criando uma aura feminina e delicadamente sensual. Cheiro de sonho, nuance floral fresca que combina madeira e almíscar com rosa, íris, lírio do vale, cravo, íris e violeta, complementada por notas de fundo de vetiver e almíscar.

Abençoado seja as muitas graças recebidas, o equilibrio e a harmonia em tudo que recebi para qie eu as vivencie e seja feliz.

23 novembro, 2010

Um novo ciclo se renova e devemos agradecer




Esta semana eu estou renovando minha roda de nascimento, mas um ano renasce no horizonte e irei mergulhar em alegria.
Neste periodo fico meio melancólica, nostalgica, revivendo lembranças de fatos vividos, e com 35 rodas de vida, já possuo um bagagem bem interessante, muitos arquivos de memória, muitos fasciculos de expereiências escritos em minha biblioteca particular, onde é repleto de temas e personagens.
E hoje eu venho agradecer a esse personagens, alguns protagonistas em minha história e outros antagonistas, mas nem por isso menos importantes. Agradecer pelas boas e más experiências compartilhasdas, porque cada passagem me ensinou algo importante, cada vivência ajudou a construir a mulher, a pessoa, o ser humano que sou hoje, forte, grande, ousada, curiosa, inquieta, ambiciosa, folgosa, interessante, brincalhona, falante, sorridente, cautelosa, de personalidade ímpar e repleta de possibilidades de vida para viver, experenciar, experimentar...
Relembrando situações que me intristeceram e até me fizeram chorar, pude perceber que mágoas se foram e aprendizados ficaram, vejo que as saudades não doem, mas alegram uma alma intensa.
Relembrando que situações alegres ainda enchem meu coração de euforia, que a saudades desses momentos bons são gostosas. Sinto que o amor que cultivei é pleno, que os carinhos valiosos, que os sorrisos são inspiradores, que as palavras são ensinamentos, que os olhares são profundos.
E sentindo tantas emoções pulsando em minha mente e coração eu só posso agradecer aos Deuses pelas experiências que tive até hoje e agradecer a todos que um dia caminhou comigo em minha longa estrada de vida, pelas pegadas deixadas e por terem entrelaçados suas histórias  com a minha e construindo pela estrada da existencia humana na terra, muitas relações digna de filmes e trilhas sonoras inesquecíveis.


Abençoados os que dançam juntos, 
abençoados os que dançam só,
abençoados todos aqueles que compartilham a suas vidas criando grandes teias divinas...

28 outubro, 2010

Um Conto

Uma grande amiga, em uma aula particular de ingles a alguns anos atraz me apresentou este texto. Toda vez que eu leio ou releio, ou escuto alguem lendo este conto, seja em ingles ou em portugues, eu fico sempre encantada, como se toda vez fosse a primeira vez. então ao relê-lo esta noite resolvi compartilhar.

O Corvo, Edgar Allan Poe



O Corvo

(tradução de Fernando Pessoa)

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
“Uma visita”, eu me disse, “está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais.”

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu’ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P’ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
“É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais”.

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
“Senhor”, eu disse, “ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi…” E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
“Por certo”, disse eu, “aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.”
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
“É o vento, e nada mais.”

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
“Tens o aspecto tosquiado”, disse eu, “mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.”
Disse o corvo, “Nunca mais”.

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome “Nunca mais”.

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, “Amigo, sonhos – mortais
Todos – todos já se foram. Amanhão também te vais”.
Disse o corvo, “Nunca mais”.

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
“Por certo”, disse eu, “são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp’rança de seu canto cheio de ais
Era este “Nunca mais”.

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu’ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele “Nunca mais”.

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
“Maldito!”, a mim disse, “deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.

“Profeta”, disse eu, “profeta – ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, “Nunca mais”.

“Profeta”, disse eu, “profeta – ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Édem de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.

“Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!”, eu disse. “Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á… nunca mais!